Renan Calheiros não quer nem ouvir
falar em distância do poder a partir do dia 1º de fevereiro, quando será
substituído na presidência do Senado. Sem o cargo e a prerrogativa de usar
aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), Renan não quer encarar cidadãos
indignados em voos de carreira. Senadores do PMDB não o querem líder da
bancada, e ele pressiona o presidente Michel Temer a nomeá-lo ministro, com
direito a usar jatinhos oficiais para se deslocar. A informação é do colunista
Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Além de exigir ministério, Renan
fez chegar a Michel Temer que só aceitaria um ministério “de primeira linha”.
Nada de “segunda classe”. De olho no desgaste do atual
titular Alexandre de Moraes, Renan sinalizou ao Palácio do Planalto que
adoraria voltar a ser ministro da Justiça.
Caso consiga o cargo de ministro
da Justiça, Renan será superior hierárquico da Polícia Federal, que o investiga
em 12 inquéritos.
Se nomear Renan, Michel Temer
enfrentará a reação no Congresso. Alagoas já ocupa dois importantes
ministérios: Turismo e Transportes.